A Marcha da Cueca
Mutirão Cidadão. Quatro Doutores Cidadãos. Véspera de eleição e o principal jargão foi "É aqui que vota?"
Tum, tum, tum, bate coração. Ala de cardiologia. Quarto feliz com a recuperação do Sr. E.C.L.. Alegria. Sua esposa e mais dois grandes amigos, companheiros de trabalho. Logo ao entrar dos palhaços o paciente disse com plena certeza:
-Eu conheço você!
E apontou para o Doutor Polenta, que com sua tradicional memória curta logo brincou:
-Sou galã de novela, deve ser por isso que o senhor me conhece...
Rindo ele reafirmou:
-Eu conheço você e não é da novela. Mas isso não importa. O que importa é que temos uma energia boa entre nós.
O amigo acompanhante, compositor e intérprete, C.M. logo avisou.
-Esse é o dono de uma de uma das mais encantadoras vozes do Brasil.
Imediatamente, começamos a cantar. Doutor Polenta sacou a gaita mágica para acompanhar o trio de amigos e os demais doutores. Uma música mais linda que a outra e de autoria deles. Temas de novelas, filmes e outros sucessos. Lágrimas. Um misto de nostalgia, amor pela arte e amizade sincera nos contagiou.
E não parou por aí. Logo começou o recital de poesia. Flor da pele. Concluímos sobre a desvalorização da música e da arte brasileira, mas que, ali, todos já eram eternos. Pois "Longa é arte, breve é a vida".
Doutor Polenta e E.C.L realmente se conheciam. A garra para se recuperar e voltar a atividade transparecia ao olhar do paciente. A cantoria encerrou com o maior sucesso de C.M. e juntos entoamos:
-"Eu mato, eu mato, quem roubou minha cueca pra fazer pano de prato".
O engraçado é que é sério!
Com vocês a Marcha da Cueca (que “graxinha”!)
Receita: os meus pacientes devem ouvir músicas que lhe agradam, cantar e cantarolar. Sempre que possível: "dance bem, dance mal, dance sem parar". Afinal, quem canta seus males espanta e "basta um minuto de poesia para ser dono da eternidade".
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
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