quinta-feira, 28 de outubro de 2010

VOZ DO FUTURO

Cartomante que cola cartaz quer prever.

Físico que de-contas-faz quer saber.

Astrólogo que tantos mapas já fez.

Até astronauta de longe que ver.


Profeta faz festa, refresca, pra dizer.

Estudioso alerta pra alguém escrever.

Poeta exagera, espera que alguém possa ler.

Criança esperta, desperta, simplesmente quer viver.


Será que cola?

Será que cala?

Se faz de conta?

Ou se fecha a conta?


Será que é uma farsa?

Será que disfarça?

Será que é de graça?

Ou fica sem graça saber?


O que será de mim? O que será de você?


Amor, me aperte a mão.

A parte mais importante é

não deixar espaço à solidão.


Amor, preste atenção.

na distância, lembrar de ti

é minha melhor distração.


O quer será de nós? Tem vez que cala a voz.



-(Feliperas França)

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Vagaroz

Contigo, tempo passa que nem vejo.

À sua espera, tempo desespera,

desperta dobro a meu desejo.

Corri pra ter notícia tua,

nada ali jazia.

Vão-se pulos de alegria,

vão-se os pulsos sintonia

expulsos neste dia

de nem sequer palavra crua.

Assim, foi que tempo avisou vagaroz

quanto o desejo se faz feroz.

Lava sono, seca voz.

Leva lágrima ao olho da rua.

Não releva seu semblante à lua,

mas revela meu olhar a pingar em foto tua.


-(Feliperas França)

domingo, 26 de setembro de 2010

Último Grão

Ao brilho céu,
parece perto.
Prece, parto.
Cresce casto
trocas secreto caos.
Ao oco,
de tocar o topo,
mais um pouco
de alcançar
sem descalçar,
sem descansar.
Até último grão de ampulheta
agradar
aguardar
arder em água.
Ao sabor de saber
que impossível,
e mesmo o infinito,
é pura questão de tempo.

-(Feliperas França)

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Eu acredito em doendes. Eu acredito na política.

"Esse é tempo de partido, tempo de homens partidos". (Carlos Drummond de Andrade) Pela primeira vez, a nossa geração poderá decidir entre as duas principais plataformas políticas, ambas por oito anos seguidos no poder. Embora, nenhuma me agrade, essa é a realidade. Não aguento mais ver humorista, cantor, ex-jogador, músicos entre outros candidatos sem uma proposta clara e embasada. As discussões políticas entre pessoas instruídas, muitas vezes, ficam na superficialidade do “pior do que está não fica”. Cada vez que vejo o Tiririca, seja em propaganda ou pedidos de “por favor, não vote num palhaço” eu penso: cadê a discussão realmente necessária? É lógico que não vou votar nele! É um insulto me pedir isso. Quem sabe as funções exatas do poder executivo e legislativo? Quem aprendeu bem isso na escola? O que faz um senador, um deputado federal e um estadual? Eu tive que aprender por conta própria. E não tenho vergonha de dizer. Eu me envergonho de ver muita gente que não sabe e não se mexe pra saber. A solução não está somente no voto, está na cidadania. No dia-a-dia. Esperar a política é acreditar em conto de fadas. O que fazer? O mínimo. Educar e se educar. Ser apenas, cidadão. Eu acredito em... cidadania! (Feliperas França)

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Risco de Giz

Uma simples brincadeira pode trazer tempestade

Mesmo que seja em copo d´água,

Sede de café a me manter acordado

Pra te ver pelo computador.


Quando eu lembro a todo tempo,

Que em breve chega dia de te ver

Por perto, a notícia na Te Vê

Me passa e eu nem reparo ao certo

O que diz.


Foi que fiz,

Triscar um triz

De ator, atriz,

Riscar a giz

Se precisar apagar

Ao arriscar perguntar

Se o mesmo passa por ti.


Ah, se eu passar por ti

Seus olhos vão me seguir?

Ah, se eu passar por ti

Seus olhos vão me seguir?

Vão me seguir em vão me seguir?

Vão me seguir?

Vão me seguir?


-(Feliperas França)

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O primeiro podcast a gente nunca esquece! rs.

Entrevista do Projeto Vinagrete na Rádio Uol com três músicas acústicas ao vivo. Valeu, Tony!
Programa Tony Hits

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Vôo em Verso

Loucura. Sim, loucura. Aquele poeta escrevia de tudo, mas jamais se atrevia descrever a palavra normal. Parâmetro que não lhe cabia. Loucura, dizia que tem cura no nome. Dela fazia codinome. Nada secreto, nada discreto. Nada. No saguão, já sabia. De lá, avistava sua poesia. Puxou assunto. Desenhou palavras dentre conversa e papel. Embarque. Outra fileira, outra poltrona. Muda de assento, você pra cá, você pra lá, contorce, retorce, mas dá um jeito. Dez horas de vôo. Desta vez, não seria um chá de cadeira. O tempo também passaria voando. Ao lado de sua poesia, alado em euforia. Poe-se a posto, pois sentia aquele fervor e não controlava. Fingia dormir, mas não dormia. Escondia o fervor, mas não escondia. Não queria dizer adeus, até breve, diria. Agora, lá vai ele para mais um vôo. Vôo em verso nas asas da imaginação. (Feliperas França)

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Saudade

Quando amanhecer,
mergulhar na chuva, na saudade.
Até fim de tarde.
Feito calmaria meio à tempestade.
Nadar na chuva até secar sede de saudade.
Até secar sede de saudade.
Até secar sede.
Até secar.
Até
(...)
breve.

-(Feliperas França)

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Pedal Cultural - Nas Margens do Rio Pinheiros eu sentei e pedalei.

Ah, tapei o nariz, também.

Adorei a ciclovia, detestei o cheiro. Mas tudo bem. Já é um avanço pra sociedade paulistana uma ciclovia como essa. Meu voto será para quem apoiar ciclovias e também para despoluição do rio.
(-)
A FAUNA DO RIO PINHEIROS É AMPLA: PATINHOS NADANDO, GARÇAS NA BEIRA, CAPIVARAS NAS MARGENS E CLARO, UM MONTE DE ANTAS QUE JOGAM LIXO POR LÁ.

Abaixo, sessão de fotos desta aventura.
(-)
Saindo pra pedalada.

Primeiros quilómetros da ciclovia.

Todo pôr-do-sol é magnífico.

Não é?

Mas a sujeira deforma a paisagem!
E olha quem vive por lá!
Capivaras!
Tranquilona mandando uma chepa!


Depois pedalei até o Auditório do Parque Ibirapuera.

Foto tirada por uma amiga mexicana que conheci lá na entrada.

Merecido presente: show do Coro Luther King com Cida Moreira.
Homenagem a Chico Buarque. De graça.

Viver é bom demais! Uma bicicleta a mais, um carro a menos.
Aproveite. Pedale e valorize a sua cultura.
O meio ambiente agradece.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Caramba!

Mas cara,
onde está sua máscara
mais cara
quando de ti
lhe desmascara?


Caramba!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Todo é tempo de Amor e Dor

E lá se vai, minha titia,
noventa e tantos anos de alegrias,
noventa e tantos anos de agonias.
Constância de amor à dor vivia.
Agarrada à aguçada simpatia.
Língua afiada de piada, sorria
versos e trovas lhe tinham cria.

Dos tempos de Curitiba, jamais se esquecia
das travessuras que eu menino lhe fazia.
E se da velha infância poeta me crescia,
devo a suas lições de poesia.
Rosa, no jardim do céu, reflorescia,
num futuro de pretérito a que me tardia.

-(Feliperas França)


Minhas homenagens a minha Tia Avó, que foi minha segunda mãe nos tempos que vivi em Curitiba. Eu pretendia visitá-la no próximo final de semana. Até comentei isso com meu primo Gabriel, sábado passado. Maldita conjugação terminada em “ia”. Fica a mensagem da cautela de não deixar futuro pra depois. Que se pela manhã é cedo, à tarde, pode ser, tardia.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Olhar que Arrebenta

Vou aí te contar com os olhos

ao som de mar que arrebenta em mim.

Ressaca que busca calmaria.


As palavras contam tudo pra gente,

mas só os olhos contam pra alma.

Saca quem sente essa alegria.


Um olhar não mente

porque a alma não tolera mentiras.

Aqui, palavras repousam poesia.

__________

Ao olho de furacão,

paixão sonha te mirar na alma

e renascer em ti à calma de todo dia.


-(Feliperas França)

PS: "Pernambuco" significa "Mar que Arrebenta", teve origem do nome indígena "Paranapuka". Meu olhar tem um quê Pernambucano. Meu olhar tem alma.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Psiu!

Embarulhado, gritei com o silêncio até calar a alma. E foi aí, que ele, ensurdecedoramente, aqui, respondeu: com mais silêncio.

-(Feliperas França)

domingo, 18 de julho de 2010

Auto-Ajuda me Quebra-Cabeça

Sabe quando você precisa ler um texto de auto-ajuda daqueles bem melados? Nao consegui passar da primeira linha, mas pelo menos fiz uma música sobre isso. Lá vai a letra. Beijos de uma alma imoral.


QUEBRA-CABEÇA

Peço sua auto-ajuda,
tiro seu auto-retrato,
me paralizo no seu automóvel,
me parafuso no seu fuso horário.

Peço sua auto-estima,
estimo muito mais de milhoes,
me paralizo no seu movimento,
me pára-ráio que cai no mesmo lugar.

Ainda bem que
meu livro de cabeceira,
é pra curar cabeça dura.
Meu livro de cabeceira,
é pra curar cabeça dura.
Publicar mensagem


-(Feliperas França)

quinta-feira, 15 de julho de 2010

PARADEIRO (Nós de Destino)

Se eu fosse lua cheia, iria alumiar,
por todo paradeiro, iria te esperar,
ao som de seu silêncio, iria lhe contar,
se eu fosse a noite inteira, iria te adorar,
também.

Se eu fosse maré cheia, iria transbordar.
Estimado amuleto, seria teu patuá.
Trovador ou seresteiro, iria pontear.
Se eu fosse o dia inteiro, iria te adorar,
também.

Se fosse nó sem desatino, iria desatar.
Se fosse sem destino, iria te esbarrar.
Se fosse uma mensagem, iria lhe chegar.
Se fosse seu corsário, iria te poupar.

Se eu fosse o mundo inteiro
a metade ia te dar,
sobre o meu paradeiro
iria te contar.

Se eu fosse forasteiro
iria te encontrar.
Mesmo nascido estrangeiro
iria te encontrar.
Viajante ou retirante
iria te encontrar.
Viola ou violeiro
amor eu ia te encontrar,
também.

Amor eu ia te encontrar,
também.

Venus de Milano

O Sol que se põe diante de teu mar,
nasce agora a meu lugar.
Representa-me também a lua.
Minha, tua. Mingua, flutua.
Flecha-te a meu pensamento,
flora-me aos batimentos,
contorna-me aos contentos,
torna-me tornados de tormentos
a diminuir o tempo e voar-me à vontade,
de ver-te aos quatro ventos.

(Feliperas FranÇa)

Para Itália, poesia.

I am Amsterdan

Qual a parte que cabe,
bem antes que eu me acabe?
Só quem vive é que sabe
que loucura tem cura no nome.

Quem sempre se oculta,
em demasia se oculpa,
que eu digo
que a desculpa tem culpa no nome.

I am Amsterdan.
I am Amsterdan.

E se chamar filho da luta,
um filho teu nao foge a puta
ao usar de forÇa bruta
palavrão não tem, vão no nome.

No acordo do que é certo,
o que é errado eu disconserto,
entre tento te atento
que amoral tem amor no nome.

I am Amsterdan.
I am Amsterdan.

Todo louco tem um pouco,
pouco a pouco a transcender.

I am Amsterdan.
I am Amsterdan.

Querer ser normal,
é ser louco sem querer.

-(Feliperas FranÇa)

Minha segunda música feita na gringa. Breve vídeo. Trata da loucura que transcende, tal qual Van Gogh. E não da loucura gratuita, tal qual os Coffe Shop. Do falso moralismo. Um convite a autoreflexão sobre o padrão do que é considerado normal e da transcendência e genialidade que pode ser chamada loucura. Fiz a música na Holanda, depois da minha primeira e creio que última experiência alucinógena onde conversei com meu subconsciente e descobri tanto coisas que me afligiam e até então não percebia, quanto alegrias a que me continha. Depois de passado por lá, voltarei a ser normal, louco sem querer.

Olhos de Athenas

Azul mediterrâneo,
medita, me dita
do antigo ao contemporâneo.

Azul mediterrâneo,
medica, me indica,
contempla, me faz conterrâneo.

Azul, mede o que minto
a mim, mesmo sujeito
regresso ao instinto.

Azul, mede o destino,
a média do índigo olhar
montanhoso e íntimo.

Azul, muda o destino,
traz a tona o tom do olhar,
precioso, preciso.

precioso, preciso.
precioso, eu preciso.

-(Feliperas FranÇa / Lucas Limberti)

Galera, minha primeira música feita fora do Brasil. Parceria com meu amigo Lucas Limberti na Grécia, trata-se do azul do mar sem igual que vivi por lá. Breve postarei um vídeo.

sábado, 12 de junho de 2010

Projeto Vinagrete Ao Vivo na TV Cinec


Sábado - 12 de Junho

Assista a entrevista Ao Vivo do Projeto Vinagrete no Programa da Chris Oliveira na TV Cinec, começa ás 14h em ponto.

www.tvcinec.com.br
programachrisoliveira.blogspot.com

Não perca!

(De lá iremos tocar no Paribar à tarde e depois no Miscelãnea Cultural à noite)

terça-feira, 18 de maio de 2010

Na boléia

Pára-chocado feito frases de caminhão sem freio.
Atenção.
Óleo na pista.
Olhe eu, na pista.
Amor é igual fumaça, sufoca, mas passa.
Mas em curva perigosa não se ultrapassa.
Pisca-alerta.

-(Feliperas França)

sexta-feira, 14 de maio de 2010

NOS BAILES DA VIDA

Dádiva Diva
de dança divertida
agora valsa entre versos
cheios de vida.

Noite vai, dia vem,
perfume fica.
Dois pra lá, dois pra cá.
Por favor, não complica!

Entre voltas e laços
desenham entrelinhas
de próximos passos.

Que passo a passo,
em fim de papo,
ao raiar de dia,
convido este baile
a ser poesia.

Faça me par
pário à pista.
Gira, abraça-me,
segue uma dica:

por si só, faça-me o que sois,
para que em cada dança
encontremos ao sonho
paisagem a dois.

-(Feliperas França)

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Procura-se

Tudo que é bom dura pouco.
Mas quero amor pra vida toda.

Em quanto dure. Louco?

Sim, pensando bem,
uma vida é pouco.

Enquanto me dure, louco.

-(Feliperas França)

segunda-feira, 10 de maio de 2010

"Num segundo o desejo te engole"

Abaixo, minha versão para a letra de Planta Colhe de Arnaldo Antunes. Fiz pra concorrer ao Prêmio Musique. Perdi, mas fica registrada minha versão. Abaixo, minhas impressões sobre o resultado e críticas construtivas ao festival promovido pelo jornal Estadão.




PLANTA COLHE – Letra de Arnaldo Antunes

o arroz
que se planta se colhe
o amor
que se planta se colhe
o que vai
volta um dia mais forte
o que fica
escondido explode
o feijão
que se planta se colhe
solidão
que se planta se colhe
se fugir
a estrada te escolhe
e o destino
também não dá mole
ao redor
pra onde quer que se olhe
a saída
é uma porta que encolhe
aflição
que se planta se colhe
algodão
que se planta se colhe
se cair
nessa chuva se molhe
sempre há sede
pra dar mais um gole
toda culpa
se planta e se colhe
na garupa
do tempo que corre
cada grão
que se planta se colhe
furacão
que se planta se colhe
cada um
inaugura sua prole
pedra dura
procura água mole
tudo vem
quando o tempo é propício
todos têm
sua porção precipício
o que sabe
não busca sentido
o que sobe
retorna caído
ilusão
que se planta se colhe
confusão
que se planta se colhe
num segundo
o desejo te engole
só não corre
esse risco quem morre


BREVE MEUS COMENTÁRIOS SOBRE O PRÊMIO. AGUARDE.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Cigana

Pelo balé das águas de seu mar,
pelos fachos de luz, translúcido olhar.
Límpido cristal, profundo .
Atrai, sem perceber, se faz revelar.
Ah, cigana, seu sorrir não me engana:
sei que transcendes ao valor inestimável do amar.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

FLORES DE FLORIPA

Ilha da magia,
imagina só:
nem solidão
se brilha sol.

Nas Dunas
de Joaquina,
quica de quina,
declina ao mar.

Amarelo lagoa,
ecoa ao caiaquear
de tarde que cai,
de vento que vem.

E vai.

Formas e flores,
Figuras de frente ao forte,
folclores, canhões e cores.
Sul que vigia norte.

Lá no Santinho,
que Deus nos proteja,
pelas ondas
que golfinho almeja.

Pé de areia,
pede areia.
Pede pra voltar
da selva de pedra.

Pé de areia,
pé de pato,
pé de cais
que pede paz.

Pé de areia:
que pé, de paz.

-(Feliperas França)









quarta-feira, 31 de março de 2010

Boom! Boom! Boom! Mulheres bomba!

Dos “fôgos” fico com o incenso.
Queima devagar, perfuma, acalma.
Gostoso, lento.
Não gosto de incêndio que vem e arrasa a casa,
Deixa cinzas e morna brasa.
Mata aos poucos, por incendiária suicida, diariamente.
Incêndio é pra de vez em quando,
Poesia mesmo tem mulheres-bomba.
Que explodem de uma vez,
Só uma dose de dor.
Vai lá e boom! Tudo pelos ares.
Nada de brincar, torturar com queimaduras.
Mirar fogos de artifício,
Atirar artifícios em afogos ardentes de terceiro grau.
Ficar no grau. Tropeçar degrau. Soluçar em sal.
Bom mesmo é ver todo sentimento explodido.
Agora já vou. Ardido.
Hipotecar as cinzas do terreno, lavar a palma.
Na antítese de mudar casa de alma.

-(Feliperas França)

“Amar é mudar a alma de casa”

-(Mário Quintana)

domingo, 28 de março de 2010

Mais uma dose, claro que não to afim...

Abaixo eu e meu Predileto. Ah, Quintana.

Sabiá, Bem-te-vi - II - A Revoada

Pensei extinção,
mas ví proliferação da espécie.
Ave nada rara,
quando se compara
rima pobre, situação.

a escolher pela dose,
deixar-me de lado,
sua sede te leva alado,
mas deixa alagado,
meu olhar coração.

A ver passarada,
foi mais uma risada,
a passar por aqui.
A escolher a bebida,
velha amiga inimiga,
Vem revoada
e sob a minha cabeça
deixa bela cagada.

Sabiá, bem-que-te-vi,
a voar, a voar, a voar,
até por fim,
ver-te titicar
por aqui.

-(Feliperas França)

Poeminha do Contrato

Todos que aí estão
Atravancando caminhos ao meios.
Eles passarão. Eu passei(os).

-(Feliperas França)

Poeminha Sentimental

"O meu amor, o meu amor, Maria
É como um fio telegráfico da estrada
Aonde vêm pousar as andorinhas...
De vez em quando chega uma
E canta (Não sei se as andorinhas cantam, mas vá lá!)
Canta e vai-se embora
Outra, nem isso,Mal chega, vai-se embora.
A última que passou
Limitou-se a fazer cocô
No meu pobre fio de vida!
No entanto, Maria, o meu amor é sempre o mesmo:
As andorinhas é que mudam".

-(Mario Quintana)

Poeminha do Contra

"Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão. Eu passarinho"!

-(Mario Quintana)

Para ler Sabiá, Bem-te-vi - I, clique aqui.

Desencana

Essa cana, essa cana.
É sacana.

-(Feliperas França)

CIO DA TERRA

"FORJAR NO TRIGO O MILAGRE DO PÃO.
(...) Roubar da cana a doçura do mel
___Se lambuzar de mel".

-(Chico Buarque de Holanda/ Milton Nascimento)







terça-feira, 23 de março de 2010

Musicagem

Documentário musical que vale assistir!

Salve a sensibilidade de Fernando Sardo.


VALE ASSISTIR TODOS OS VÍDEOS RELACIONADOS

sexta-feira, 19 de março de 2010

Mel, sem sabor, é gororoba.

Foi-se o credo,
face ao que foi feito.
Cravo fincado ao peito.
Aquarela dor que vem de calo refeito.
Meu amor quando dá de frente a teu desrespeito.
Vem a-mor-te ao leito.
A-mor-te-ce do maior ao vagaroz estreito.
Ainda me chamas amor em despeito.
Chama que apagou o perfeito.
Mel, sem sabor, não tens mais jeito.

-(Feliperas França)

CRESÇA E DESAPAREÇA

sábado, 6 de março de 2010

Naufrágio

Frágil.
Aqui jaz goles de derrubar,
naufrágio.
Em dia de não mais ressacar,
brinde.
Aos cacos que vais te deixar,
farpado.
Tristeza a me engarrafar,
mensagem.
Bóia vão em alto mar,
vela.
Segue rota de se afundar,
rótulo.
Desbota teor de não mais informar,
validade.
Vai-se prazo de ancorar,
alarde.
Vãos, em goles, de
saudade.

Então,
Engoles a saudade.
Engoles a sauda.
Engoles a saud.
Engoles a.
Engoles.
Engol.
Eng.

Naufrágil.

-(Feliperas França)

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Lições de Minas

Preto em prata,
hora envelhesse-se o ouro.
Em linhas gerais,
Minas de história conta mais:
eticeteras e tais.
Natureza em tesouro.
Estrada Real,
tanta prosa, tanta curva.
Aurora boreal. Áurea.
Quanta ladeira já escorreu por aqui.
Turva, trivial.
Inconfidente, confidente de si.
Independente, ser ou não ser triunfal.
Assim trilho. Transformatação:
nobre pensamento,
pobre mineral.

-(Feliperas França)

Diretamente de Ouro Preto. Neste momento viajo por essas bandas de bicicleta. Isso mesmo, bi-ci-cle-ta. Olha a ladeira!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Música nova na área.

Minha, com arranjo do Projeto Vinagrete.
Papo de Berimbau.
"Capoeira que cai, cai bem"!
Clique aqui e avalie.

Ah, myspace atualizado com as músicas Canto de Arruar e Neguinha.

MySpace Projeto Vinagrete

Passa lá!

domingo, 31 de janeiro de 2010

Dia de Chuva

Verso Triste

Poesia remete um quê de tristeza.
Não sei se é impressão minha,
mas, no fundo, tem um quê de tristeza.
Hoje não tem verso triste.
Vou falar de alegria.
Que hoje, aqui, não existe.

-(Feliperas França)
Vide a data do post e vide o verso.

Essa, abaixo, fiz faz tempo, mas deu vontade de publicar hoje:

Drummondana

Será que vai chover?
Se vai assombrecer?
Se vai amanhecer?
Quem poderá dizer
a previsão do tempo?
Que leva pra você chegar

aqui.

Rabiscos pela tela,
Trilha longa espera,
Naquela janela:
quem poderá dizer
a direção do vento?
Que sopra pra você chegar

Aqui-lo

tudo que eu previa,
mudou tudo meio dia,
meio torto me descia,
o meu rosto umidecia,
uma nuvem retorcia,
a garganta retraia,
esse sol que não saía,
na lembrança de uma vida inteira,
que vivi pela metade.

Uma vida inteira
que vivi pela metade.

Deixou mau cheiro de saudade.

-(Feliperas França)

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

ANDANÇA

Dança,
Menina, dança.
Voa de casulo à borboleta.

Lança,
Menina, lança.
Sorriso de mais linda faceta.

Façanha,
Menina, façanha.
Alcance céu que não enxerga luneta.

Não cansa
Menina, alcança
sonho mais alto, mais longe esperança.

E dança,
Menina, dança.
Coreografia mais bela na tela de minha lembrança.

-(Feliperas França)