domingo, 22 de novembro de 2009

A Voz da Vovó.


Dois passarinhos, um sinal. Ao lado do arbusto.
Lembro que aprendi com a minha vó a conversar com as plantas.
Serestas para florestas,
sonetos para gravetos,
serenatas para flores ao relento.
Aprendi com a minha vó a sentir o vento,
Chegar a tempo. Sorrir a contento.
Aprendi brincadeiras de roda, de linha e pedra.
Uma porção de versos, uma coleção de trovas.
Aprendi sobre dedicação.
Sobre caridade, sobre a cidade.
A me doar pelo bem, sem olhar a quem.
Aprendi o valor de um amor eterno.
Que uma inteligência não morre.
Que de destino não se corre, mas se escolhe.
Aprendi a batalhar cedo e valorizar minha infância.
Aprendi a ser jovem adulto criança.
Aprendi o valor de bom humor. Fazer piada sadia.
Dar conselhos, sempre dizer: sorria.
E se hoje o coral sua voz não mais canta,
me amarra estrangulado nó de garganta.
Mas se sua conversa não fala,
pra mim, seu conselho jamais se cala.
Pois aprendi valor de perdão e gratidão.
Que cada um tem sua missão.
Como vovó já dizia,
"saudade sim, tristeza, não".

sábado, 21 de novembro de 2009

Cada ser em si carrega o dom de ser capaz de ser feliz. Lá vou eu.

Dentre minhas músicas preferidas. (Aprendi a tocar na viola nessa madrugada).
Num dia a gente chega, noutro vai embora.

TOCANDO EM FRENTE (Almir Sater e Renato Teixira)

Ando devagar porque já tive pressa
Levo esse sorriso porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe
Só levo a certeza de que muito pouco eu sei
Eu nada sei

Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir

Penso que cumprir a vida seja simplesmente
Compreender a marcha e ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro levando a boiada
Eu vou tocando os dias pela longa estrada eu vou
Estrada eu sou

Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir

Todo mundo ama um dia.
Todo mundo chora
Um dia a gente chega
e no outro vai embora

Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
De ser feliz

Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir

Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais
Cada um de nós compõe a sua história,
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
De ser feliz


terça-feira, 17 de novembro de 2009

VÃO

Tem algo nos olhos que não,
não se pode crer.
Tem algo que nenhuma voz
é capaz de dizer.
Tem algo no vão da vida,
que não se pode ter.
E algo que só existe no amor,
não é possível prever.

Tem código que não é de gen.
Tem gente que não se doa a ninguém.
Tem caso que o destino é o acaso.
Inexplicável o viver sempre tem.

Sempre tem,
sempre tem,
alguém.

-(Feliperas França/ Meliane Moraes)

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Feitiços

Já que estou por aqui,
entre sem pedir licença.
Invada minha crença,
leve embora o rumo de tudo que já imaginei,
tudo o que ousaria imaginar.
Faz-me servo, devoto,
através de seus singelos fachos de fetiche,
atravesse-me o peito ao meio.
Já que estou por aqui,
diante à diva dona do tempo,
torne-me aos segundos, realidade.
Em súbito beijo que batizaremos eternidade.

-(Feliperas França)

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Pedal Musical - O treino

Rumo ao segundo treino. Lá vou eu.

Na infância e adolescência eu ia para todos os lugares de bicicleta. Ia pra aula, festas, churrascos, casa de amigos, parentes. Em Curitiba com menos de 12 anos de idade eu já havia pedalado por todas as ciclovias da cidade. Sentir liberdade e atividade física ao mesmo tempo.

Pois é, me afastei da magrela pelos tempos de universidade, mas não deixei de amá-la. No fundo, sempre tive vontade de pedalar. Mas os compromissos adultos aumentaram, os projetos aumentaram, a música tocou cada vez mais alto, os projetos voluntários se ampliaram. E o tempo? Ah, o tempo ficou mais curto. Assim, me rendi ao transporte público e em seguida ao automóvel. Quem me conhece bem sabe o quanto me ocupo em várias atividades. Tem até homenagem no Orkut pra isso. Procure pela comunidade "Felipe França O Atarefado".

Agora, é hora de voltar aos bons tempos. Unir o útil ao agradável. Tudo o que eu sempre mais gostei. Viagem, música, cultura e ações voluntárias. Vou viajar e levar a bike ou ir com ela se for possível. E vou atrás de que? Atrás de música. Sim, quero visitar músicos, compositores, intérpretes que já admiro e novos talentos. Ou desconhecidos. Quero conhecer a música e a cultura de cada pedacinho do Brasil e quem sabe do mundo. Preciso entrar em forma e rápido. Quero em breve fazer a primeira viagem. E lá vou eu em meu Pedal Musical.

Sem medo dos tombos e das pedras no caminho, pois reconheço a queda e não desanimo. Levanto sacudo a poeria e dou as voltas por cima.