Foi apenas um instante, mas, pros dois, pareciam horas. Certamente, vai prosperar por dias. Quiçá anos. Talvez a vida inteira. Vai trazê-la, em breve, para as curvas perigosas destas palavras. Eles conversam por enigmas. Eles são enigmas entre si. Ela estava por acaso em sua direção. E lhe dirigiu o olhar completamente tomado pelo ódio, porém congruente de amor. Continha uma sádica e ao mesmo tempo sincera vontade de sorrir. Revelava saudade, surpresa e veracidade consigo mesma. Quando ele a viu, reparou na beleza, se apaixonou, e só depois a reconheceu. Pela segunda vez, ele se apaixonou à primeira vista por ela. E logo na sequência sentiu tudo o que o olhar dizia e também o que no fundo queria dizer. Um encontro no âmago dos dois. Naquele instante tiveram que novamente pensar um no outro. Ela a passos largos, parecia apressar o tempo. Na sensação de protegida, colecionava aqueles vastos segundos de eternidade. Ele parado, ela robusta subia a Augusta. Ele sem qualquer reação. Mas bem sabia que gostaria de respondê-la com sorriso. Não deu. Estático, lhe restou a pergunta de quanto será que a custa lhe sorrir de volta. Quanto será que custa? Naqueles dias, ele escrevia uma canção que pedia pro tempo parar, que veio a calhar em tal desfecho, bem nessa noite, quando levou pra casa o sentimento desse encontro concluiu a sonata desta maneira: "dentre as voltas que o mundo dá, somente o tempo que não volta". (Feliperas França)
quarta-feira, 6 de abril de 2011
À Volta do Tempo
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
VOZ DO FUTURO
Cartomante que cola cartaz quer prever.
Físico que de-contas-faz quer saber.
Astrólogo que tantos mapas já fez.
Até astronauta de longe que ver.
Profeta faz festa, refresca, pra dizer.
Estudioso alerta pra alguém escrever.
Poeta exagera, espera que alguém possa ler.
Criança esperta, desperta, simplesmente quer viver.
Será que cola?
Será que cala?
Se faz de conta?
Ou se fecha a conta?
Será que é uma farsa?
Será que disfarça?
Será que é de graça?
Ou fica sem graça saber?
A parte mais importante é
não deixar espaço à solidão.
Amor, preste atenção.
na distância, lembrar de ti
é minha melhor distração.
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Vagaroz
Contigo, tempo passa que nem vejo.
À sua espera, tempo desespera,
desperta dobro a meu desejo.
Corri pra ter notícia tua,
nada ali jazia.
Vão-se pulos de alegria,
vão-se os pulsos sintonia
expulsos neste dia
de nem sequer palavra crua.
Assim, foi que tempo avisou vagaroz
quanto o desejo se faz feroz.
Lava sono, seca voz.
Leva lágrima ao olho da rua.
Não releva seu semblante à lua,
mas revela meu olhar a pingar em foto tua.
-(Feliperas França)
domingo, 26 de setembro de 2010
Último Grão
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Eu acredito em doendes. Eu acredito na política.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Risco de Giz
Uma simples brincadeira pode trazer tempestade
Mesmo que seja em copo d´água,
Sede de café a me manter acordado
Pra te ver pelo computador.
Quando eu lembro a todo tempo,
Que em breve chega dia de te ver
Por perto, a notícia na Te Vê
Me passa e eu nem reparo ao certo
O que diz.
Foi que fiz,
Triscar um triz
De ator, atriz,
Riscar a giz
Se precisar apagar
Ao arriscar perguntar
Se o mesmo passa por ti.
Ah, se eu passar por ti
Seus olhos vão me seguir?
Ah, se eu passar por ti
Seus olhos vão me seguir?
Vão me seguir em vão me seguir?
Vão me seguir?
Vão me seguir?
-(Feliperas França)
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
O primeiro podcast a gente nunca esquece! rs.
Programa Tony Hits