segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Previsão do Tempo

O tempo piscou,
o tempo abraçou,
o tempo sorriu.

Sementes
ao cultivar das horas
brotam amizades
que duram o tempo todo.


- (Doutor Polenta)

em singela homenagem aos Doutores Cidadãos
Turma 17 - nesta data querida.


Formatura, juramento improvisado. Faz tempo, heim!



Doutor Polenta segue para receber o avental.



Abraço grátis. Go, amizade pra toda vida.



Vem a certeza de ser mais feliz.



Doutor Polenta e o Coral da Turma 17.

Tudo o que eu quero é te ver feliz.



Pronto. Diplomados em Risoterapia com Ênfase em Idiotice Plena.



Gosto pouco dessas duas viu!



Cybele e Dra. Risoquita. Sem palavras.



Ah, linda! Tesouro da minha vida.



Mamis!










segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Veio de encontro ao momento propício.

"Sabemos dizer o que sabemos sentir".

-(Miguel de Cervantes)

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Reflexos

No lençol da solidão,
dono de um mar de idéias.
De mim mesmo, platéia.
Pequenino diante do céu,
gigante em pensamento.
Tiro o chapéu pra sentir o vento,
tiro o chapéu pro passar do tempo.
Experiência, ciência da percepção.
Antes de mestre, aprendiz.
Errado ou certo, tiro o chapéu pra ser feliz.
Feito as folhas secas na superfície lisa,
que mesmo caídas, brincam entre a brisa.
Feito uma pequena gota que oceana o mar,
feliz em aproveitar a demora,
pois consegue sorrir,
mesmo quando evapora.
Crença não precisa de nexo.
Tal qual esperança,
voltar a ser reflexo.

-(Feliperas França)

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

O DESTINO E O VAGABUNDO

Mudança de planos.
Quem sabe por baixo dos panos?
Por cima dos desenganos.
Com meu jeito atrapalhado de ser,
agarro ao treinar a própria sorte.
Admiro quem deixa o destino levar,
e me desatino no ato de desatar.
Quem sabe até, desamarrar calos do sapato.
Ao me desarmar me calo,
me encadarço e enfio os pés pelas mãos.
Quem sabe a sós? Às escuras e às claras.
Impossível jóia rara tão cara.
Inestimável custar solidão.
Quando achei que a sorte me fecharia a tara
Vem o acaso e me sorri.
Sorriso esse, que não tem preço.

-(Feliperas França)

PS: acabei de chegar da gafieira. Acabei de valer solidão. Wilson das Neves no palco. Eu a vagar no salão – “O Samba é meu Dom" seria postado, mas deixo essa parte implícita-escancarada. No sorrir do acaso, a trilha sonora não poderia ser outra.

"Entras com ares de atriz
Sabes que sou da platéia
Deves pensar que ando louco
Louco pra mudar de idéia, não"?

-(Chico Buarque / Wilson das Neves)

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Sinônimo de tempo é agora.

"Ser ou não ser?"
Típico paulistano, ando sem tempo.
Típica desculpa de paulistano.
Frases que romperam a barreira crono(lógica).
Aliás, quanto tempo levará
para chegar à resposta que só o tempo dirá?
Não sei, ando sem tempo para pensar nisso.
"Eis a questão".

-(Feliperas França)

PS: típico pedido de desculpas pela ausência de minhas postagens para os meus, talvez, dois leitores.

Essa montagem é espetacular. Caso tenha condição, não perca.

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segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Doutor Polenta - Diagnóstico nº1

A Marcha da Cueca

Mutirão Cidadão. Quatro Doutores Cidadãos. Véspera de eleição e o principal jargão foi "É aqui que vota?"

Tum, tum, tum, bate coração. Ala de cardiologia. Quarto feliz com a recuperação do Sr. E.C.L.. Alegria. Sua esposa e mais dois grandes amigos, companheiros de trabalho. Logo ao entrar dos palhaços o paciente disse com plena certeza:

-Eu conheço você!

E apontou para o Doutor Polenta, que com sua tradicional memória curta logo brincou:

-Sou galã de novela, deve ser por isso que o senhor me conhece...

Rindo ele reafirmou:

-Eu conheço você e não é da novela. Mas isso não importa. O que importa é que temos uma energia boa entre nós.

O amigo acompanhante, compositor e intérprete, C.M. logo avisou.

-Esse é o dono de uma de uma das mais encantadoras vozes do Brasil.

Imediatamente, começamos a cantar. Doutor Polenta sacou a gaita mágica para acompanhar o trio de amigos e os demais doutores. Uma música mais linda que a outra e de autoria deles. Temas de novelas, filmes e outros sucessos. Lágrimas. Um misto de nostalgia, amor pela arte e amizade sincera nos contagiou.

E não parou por aí. Logo começou o recital de poesia. Flor da pele. Concluímos sobre a desvalorização da música e da arte brasileira, mas que, ali, todos já eram eternos. Pois "Longa é arte, breve é a vida".

Doutor Polenta e E.C.L realmente se conheciam. A garra para se recuperar e voltar a atividade transparecia ao olhar do paciente. A cantoria encerrou com o maior sucesso de C.M. e juntos entoamos:

-"Eu mato, eu mato, quem roubou minha cueca pra fazer pano de prato".

O engraçado é que é sério!


Com vocês a Marcha da Cueca (que “graxinha”!)



Receita: os meus pacientes devem ouvir músicas que lhe agradam, cantar e cantarolar. Sempre que possível: "dance bem, dance mal, dance sem parar". Afinal, quem canta seus males espanta e "basta um minuto de poesia para ser dono da eternidade".

domingo, 14 de setembro de 2008

Embarulhado

.

Tudo está no som, inclusive, o

[ s i l ê n c i o ]

Ao desespero de não ouví-lo,

gritei com toda força até calar a alma.

Foi aí que ele,

[ ensurdecedoramente ]

me respondeu

com mais

[ s i l ê n c i o ]


- (Feliperas França)


(...) "silêncio, por favor (...) porque hoje eu vou fazer [ao meu jeito eu vou fazer] um samba sobre o infinito".

- (Paulinho da Viola)

acompanhado por Marisa Monte:

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Acredite se quiser.

Era uma casa muito engraçada cheia de coisas que não existem. Um evento divertidíssimo pra juntar gente que não existe. Rabeca com viola de arco e gaita blues. Violões, bateria, compositores. Nem convite, nem mentiras, nem verdades. Músicas inéditas que ainda não existem. Contadores de histórias, afinal, contos de fadas não existem. Troca de livros, cem páginas, sem final. Sim, este lugar existe. Com artistas que não desistem. Parabéns aos organizadores que não existem. Arte é caminho sem volta: no exit! Não hesite, exite! Sim, “Um Lugar que não Existe”.

No aguardo de mais uma edição inacreditável em que, talvez, eu leia este texto – se é que este texto, existe – ponto final, não existe!

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Ciência? Eficiência.

Ontem, foi um dia histórico. E muito blá, blá, blá sobre o LHC. Teve gente que riu, teve gente que se matou. Vide reportagem da Folha de São Paulo. Eu só não entendo a estupidez humana. Não consigo ser tão inteligente quanto 9.000 físicos juntos num projeto com tanto investimento. Não consigo entender como ainda não solucionamos a miséria no mundo. Ou porque gasta-se mais com a ciência do que com a própria humanidade. Antes de saber "quem somos nós", vamos comercializar auto-ajuda: você trocaria um Fiat 147 por um cacho de bananas? E uma viagem pra lua por pratos de comida? Depende do hino que cantas.

Reflexão:

“O homem é um animal com instintos primários de sobrevivência. Por isso, seu engenho desenvolveu-se primeiro e a alma depois, e o progresso da ciência está bem mais adiantado que seu comportamento ético”.

- (frase atribuída a Charles Chaplin)

Solução: Recitas, um dia posto por aqui.

Ciência? Paciência.

Acelerador de Partículas, cuidado com a curva!



quarta-feira, 27 de agosto de 2008

O Mundo tem Quatro Esquinas e Setecentas Pessoas. O Resto é Cenário e Figurantes.

Chega de Saudade.

Ontem, no Ó do Borogodó, bar referência do samba paulista, passei pra dar aquele abraço de parabéns no grande amigo Uribe Teófilo, um amuleto que me deu sorte em ter saído de casa. Encontrei ao acaso amigos músicos que admiro muito. Anaí Rosa, cantora do Havana Brasil, que foi substituir Dona Iná, que também apareceu por lá. A surpresa maior foi encontrar a amiga mineira Cimara Frois, vocalista e sanfoneira do Trio Dona Flor, vencedora do último festival de Itaúnas. Torci muito por isso! A Cimara foi ver a canja da acordeonista francesa Cristine que fundou um clube de chorinho na França. A Cristine foi convidada pelo amigo gaitista Vitor Lopes. Adoro quando essas “conhecedâncias” acontecem. Além dos músicos do Projeto Vinagrete, o parceiro de composições Lu Tomé e Marco Matolli do Clube do Balanço também estavam para festa. Como diz Uribinho: Maravilha!

Mas não foi só a felicidade da noite passada que me fez escrever. De longe avistei uma pessoa, que em efeito dominó me fez lembrar de outra, que me fez lembrar de outra, que me fez lembrar do dia que poetizei a saudade.


TEMPESTADE DE SAUDADE

Lembro de cada lado,
o lado seu.
Nenhum retrato é mais exato
que o pensamento meu.
Sei mais do que seu sorriso,
pois decorei o seu jeito de rir.
E se hoje, sou riso
é porque lembro de seu sorrir.
Conheço seu rosto, seu gosto
seu cheiro de florir.
Sinto sua voz me falar
mesmo com você longe daqui.
Deve ser assim
que se sente o sal ausente do mar
tão distante de sua água metade.
Hoje, sou água corrente,
quente, carregada de balde,
bem-vinda de tempestade.
Mas o único sal que carrego
é o sal, de saudade.

- (Feliperas França)



Saudade é brasilidade. João e Antônio, também. No embalo da boa overdose dos 50 anos de bossa-nova. Chega de Saudade!

terça-feira, 26 de agosto de 2008

O Fabuloso Destino das Palavras de Feliperas França

Perdi as contas de quantas vezes me disseram que minha vida daria um livro. Tá, sei que é pedante começar um blog assim, mas isso explica porque estamos aqui. Mas será que sempre me disseram só pra me agradar? Mas agradar com livro? Livro de brasileiro costuma ficar cheio de pó. A média de leitura anual dos brasileiros é de 4,7 livros. Já pensou se eu me tornar o 0,7 da estatística? Meu destino seria certamente uma estante solitária a aguardar a chegada das temidas traças. Provavelmente, ao lado de uma enciclopédia Barça ou daquela coleção sobre dinossauros que veio junto com a assinatura de jornal. (Oh, coitado!)

Bom, pode ser que algum intelectual retruque "mas a média de leitura dos franceses passa de 20 livros por ano". Ok, se fosse na França tudo bem, mas o fato de meu sobrenome ser França não tem nada a ver com os amigos da terra do perfume e de degustação de caramujos. Foi só um escrivão que sacaneou o sotaque italiano do meu avô Luís Franza. Talvez tenha sido um escrivão surdo ou que não tinha usado cotonete naquele dia de registro ou talvez tenha brochado na noite anterior. Sei lá. Não vamos misturar alhos com bugalhos.

De volta ao assunto, ao dizer que a vida de alguém daria um livro, pense duas vezes. Bom, diga que daria um filme. Afinal, com a crescente demanda do cinema nacional ganhar a estatueta do Oscar tem mais visibilidade do que ganhar o Prêmio Jabuti. Só não aconselho dizer que a vida de alguém é novela. Tem muita fofoca no ar. Enfim, nem livro, nem filme e muito menos novela. O destino me reservou um blog mesmo. Não me deixem aqui na estante! Só vou postar novamente depois que alguém comentar essa joça aqui.

Trecho do samba Novelas:

"Escute bem, minha vida não é novela não.
Cuide da vida das oito!
Os episódios do meu coração
ficam pras cenas da próxima canção"

- (Feliperas França)

Aí vai o trailer do genial “The Truman Show” (sim, é o BBB do Jim Carrey)