terça-feira, 31 de agosto de 2010

Caramba!

Mas cara,
onde está sua máscara
mais cara
quando de ti
lhe desmascara?


Caramba!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Todo é tempo de Amor e Dor

E lá se vai, minha titia,
noventa e tantos anos de alegrias,
noventa e tantos anos de agonias.
Constância de amor à dor vivia.
Agarrada à aguçada simpatia.
Língua afiada de piada, sorria
versos e trovas lhe tinham cria.

Dos tempos de Curitiba, jamais se esquecia
das travessuras que eu menino lhe fazia.
E se da velha infância poeta me crescia,
devo a suas lições de poesia.
Rosa, no jardim do céu, reflorescia,
num futuro de pretérito a que me tardia.

-(Feliperas França)


Minhas homenagens a minha Tia Avó, que foi minha segunda mãe nos tempos que vivi em Curitiba. Eu pretendia visitá-la no próximo final de semana. Até comentei isso com meu primo Gabriel, sábado passado. Maldita conjugação terminada em “ia”. Fica a mensagem da cautela de não deixar futuro pra depois. Que se pela manhã é cedo, à tarde, pode ser, tardia.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Olhar que Arrebenta

Vou aí te contar com os olhos

ao som de mar que arrebenta em mim.

Ressaca que busca calmaria.


As palavras contam tudo pra gente,

mas só os olhos contam pra alma.

Saca quem sente essa alegria.


Um olhar não mente

porque a alma não tolera mentiras.

Aqui, palavras repousam poesia.

__________

Ao olho de furacão,

paixão sonha te mirar na alma

e renascer em ti à calma de todo dia.


-(Feliperas França)

PS: "Pernambuco" significa "Mar que Arrebenta", teve origem do nome indígena "Paranapuka". Meu olhar tem um quê Pernambucano. Meu olhar tem alma.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Psiu!

Embarulhado, gritei com o silêncio até calar a alma. E foi aí, que ele, ensurdecedoramente, aqui, respondeu: com mais silêncio.

-(Feliperas França)