domingo, 18 de julho de 2010

Auto-Ajuda me Quebra-Cabeça

Sabe quando você precisa ler um texto de auto-ajuda daqueles bem melados? Nao consegui passar da primeira linha, mas pelo menos fiz uma música sobre isso. Lá vai a letra. Beijos de uma alma imoral.


QUEBRA-CABEÇA

Peço sua auto-ajuda,
tiro seu auto-retrato,
me paralizo no seu automóvel,
me parafuso no seu fuso horário.

Peço sua auto-estima,
estimo muito mais de milhoes,
me paralizo no seu movimento,
me pára-ráio que cai no mesmo lugar.

Ainda bem que
meu livro de cabeceira,
é pra curar cabeça dura.
Meu livro de cabeceira,
é pra curar cabeça dura.
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-(Feliperas França)

quinta-feira, 15 de julho de 2010

PARADEIRO (Nós de Destino)

Se eu fosse lua cheia, iria alumiar,
por todo paradeiro, iria te esperar,
ao som de seu silêncio, iria lhe contar,
se eu fosse a noite inteira, iria te adorar,
também.

Se eu fosse maré cheia, iria transbordar.
Estimado amuleto, seria teu patuá.
Trovador ou seresteiro, iria pontear.
Se eu fosse o dia inteiro, iria te adorar,
também.

Se fosse nó sem desatino, iria desatar.
Se fosse sem destino, iria te esbarrar.
Se fosse uma mensagem, iria lhe chegar.
Se fosse seu corsário, iria te poupar.

Se eu fosse o mundo inteiro
a metade ia te dar,
sobre o meu paradeiro
iria te contar.

Se eu fosse forasteiro
iria te encontrar.
Mesmo nascido estrangeiro
iria te encontrar.
Viajante ou retirante
iria te encontrar.
Viola ou violeiro
amor eu ia te encontrar,
também.

Amor eu ia te encontrar,
também.

Venus de Milano

O Sol que se põe diante de teu mar,
nasce agora a meu lugar.
Representa-me também a lua.
Minha, tua. Mingua, flutua.
Flecha-te a meu pensamento,
flora-me aos batimentos,
contorna-me aos contentos,
torna-me tornados de tormentos
a diminuir o tempo e voar-me à vontade,
de ver-te aos quatro ventos.

(Feliperas FranÇa)

Para Itália, poesia.

I am Amsterdan

Qual a parte que cabe,
bem antes que eu me acabe?
Só quem vive é que sabe
que loucura tem cura no nome.

Quem sempre se oculta,
em demasia se oculpa,
que eu digo
que a desculpa tem culpa no nome.

I am Amsterdan.
I am Amsterdan.

E se chamar filho da luta,
um filho teu nao foge a puta
ao usar de forÇa bruta
palavrão não tem, vão no nome.

No acordo do que é certo,
o que é errado eu disconserto,
entre tento te atento
que amoral tem amor no nome.

I am Amsterdan.
I am Amsterdan.

Todo louco tem um pouco,
pouco a pouco a transcender.

I am Amsterdan.
I am Amsterdan.

Querer ser normal,
é ser louco sem querer.

-(Feliperas FranÇa)

Minha segunda música feita na gringa. Breve vídeo. Trata da loucura que transcende, tal qual Van Gogh. E não da loucura gratuita, tal qual os Coffe Shop. Do falso moralismo. Um convite a autoreflexão sobre o padrão do que é considerado normal e da transcendência e genialidade que pode ser chamada loucura. Fiz a música na Holanda, depois da minha primeira e creio que última experiência alucinógena onde conversei com meu subconsciente e descobri tanto coisas que me afligiam e até então não percebia, quanto alegrias a que me continha. Depois de passado por lá, voltarei a ser normal, louco sem querer.

Olhos de Athenas

Azul mediterrâneo,
medita, me dita
do antigo ao contemporâneo.

Azul mediterrâneo,
medica, me indica,
contempla, me faz conterrâneo.

Azul, mede o que minto
a mim, mesmo sujeito
regresso ao instinto.

Azul, mede o destino,
a média do índigo olhar
montanhoso e íntimo.

Azul, muda o destino,
traz a tona o tom do olhar,
precioso, preciso.

precioso, preciso.
precioso, eu preciso.

-(Feliperas FranÇa / Lucas Limberti)

Galera, minha primeira música feita fora do Brasil. Parceria com meu amigo Lucas Limberti na Grécia, trata-se do azul do mar sem igual que vivi por lá. Breve postarei um vídeo.