quarta-feira, 31 de março de 2010

Boom! Boom! Boom! Mulheres bomba!

Dos “fôgos” fico com o incenso.
Queima devagar, perfuma, acalma.
Gostoso, lento.
Não gosto de incêndio que vem e arrasa a casa,
Deixa cinzas e morna brasa.
Mata aos poucos, por incendiária suicida, diariamente.
Incêndio é pra de vez em quando,
Poesia mesmo tem mulheres-bomba.
Que explodem de uma vez,
Só uma dose de dor.
Vai lá e boom! Tudo pelos ares.
Nada de brincar, torturar com queimaduras.
Mirar fogos de artifício,
Atirar artifícios em afogos ardentes de terceiro grau.
Ficar no grau. Tropeçar degrau. Soluçar em sal.
Bom mesmo é ver todo sentimento explodido.
Agora já vou. Ardido.
Hipotecar as cinzas do terreno, lavar a palma.
Na antítese de mudar casa de alma.

-(Feliperas França)

“Amar é mudar a alma de casa”

-(Mário Quintana)

domingo, 28 de março de 2010

Mais uma dose, claro que não to afim...

Abaixo eu e meu Predileto. Ah, Quintana.

Sabiá, Bem-te-vi - II - A Revoada

Pensei extinção,
mas ví proliferação da espécie.
Ave nada rara,
quando se compara
rima pobre, situação.

a escolher pela dose,
deixar-me de lado,
sua sede te leva alado,
mas deixa alagado,
meu olhar coração.

A ver passarada,
foi mais uma risada,
a passar por aqui.
A escolher a bebida,
velha amiga inimiga,
Vem revoada
e sob a minha cabeça
deixa bela cagada.

Sabiá, bem-que-te-vi,
a voar, a voar, a voar,
até por fim,
ver-te titicar
por aqui.

-(Feliperas França)

Poeminha do Contrato

Todos que aí estão
Atravancando caminhos ao meios.
Eles passarão. Eu passei(os).

-(Feliperas França)

Poeminha Sentimental

"O meu amor, o meu amor, Maria
É como um fio telegráfico da estrada
Aonde vêm pousar as andorinhas...
De vez em quando chega uma
E canta (Não sei se as andorinhas cantam, mas vá lá!)
Canta e vai-se embora
Outra, nem isso,Mal chega, vai-se embora.
A última que passou
Limitou-se a fazer cocô
No meu pobre fio de vida!
No entanto, Maria, o meu amor é sempre o mesmo:
As andorinhas é que mudam".

-(Mario Quintana)

Poeminha do Contra

"Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão. Eu passarinho"!

-(Mario Quintana)

Para ler Sabiá, Bem-te-vi - I, clique aqui.

Desencana

Essa cana, essa cana.
É sacana.

-(Feliperas França)

CIO DA TERRA

"FORJAR NO TRIGO O MILAGRE DO PÃO.
(...) Roubar da cana a doçura do mel
___Se lambuzar de mel".

-(Chico Buarque de Holanda/ Milton Nascimento)







terça-feira, 23 de março de 2010

Musicagem

Documentário musical que vale assistir!

Salve a sensibilidade de Fernando Sardo.


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sexta-feira, 19 de março de 2010

Mel, sem sabor, é gororoba.

Foi-se o credo,
face ao que foi feito.
Cravo fincado ao peito.
Aquarela dor que vem de calo refeito.
Meu amor quando dá de frente a teu desrespeito.
Vem a-mor-te ao leito.
A-mor-te-ce do maior ao vagaroz estreito.
Ainda me chamas amor em despeito.
Chama que apagou o perfeito.
Mel, sem sabor, não tens mais jeito.

-(Feliperas França)

CRESÇA E DESAPAREÇA

sábado, 6 de março de 2010

Naufrágio

Frágil.
Aqui jaz goles de derrubar,
naufrágio.
Em dia de não mais ressacar,
brinde.
Aos cacos que vais te deixar,
farpado.
Tristeza a me engarrafar,
mensagem.
Bóia vão em alto mar,
vela.
Segue rota de se afundar,
rótulo.
Desbota teor de não mais informar,
validade.
Vai-se prazo de ancorar,
alarde.
Vãos, em goles, de
saudade.

Então,
Engoles a saudade.
Engoles a sauda.
Engoles a saud.
Engoles a.
Engoles.
Engol.
Eng.

Naufrágil.

-(Feliperas França)