segunda-feira, 4 de maio de 2009

Ampulheta

Descarte aos olhos,
democracia de multiplicidade cartesiana.
Simultaneamente ao contrário
de nem começo, nem fim
entre infinitos terminados em memória viva
ou num canto qualquer pra virar pó.
Distante de vitrines, diamante de: antes só.

Não sei quando o relógio girou pela vez primeira.
Mais hora-meia. Antes, já girou agora.

Tempo,
senhor de si.
Templo,
senhor de mim.
De nós.
Na garganta.
De voz.
Na lembrança.

g
o
t
a
__à
____g_o_ t_ a

Tecer que não se esgota.

g
r
ã
o
__a
___g_ r_ ã_o

Ame-me sem memórias.

-(Feliperas França)

2 comentários:

Bia. disse...

Tempo senhor de si e um tanto autoritário. Não pede licença nem quer saber se vai doer. Mais uma coisa que foge ao nosso controle e compreensão. Mas então, porque no final tudo faz sentido?

E eu a do ro seus comentários. Costumam ser melhores que meus posts...rs
Seja sempre muito bem vindo.
See you, stranger!

Feliperas_França disse...

É vero!

Tudo que faz-se sentido, faz sentido.

Tintim por tintim: gota a grão.

Hey, Stranger! Obrigado pelas boas-vindas. Apareça sempre por aqui para fazer comentários com conclusões que abrilhantam minhas postagens, tal qual a que fez acima.