quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Todo é tempo de Amor e Dor

E lá se vai, minha titia,
noventa e tantos anos de alegrias,
noventa e tantos anos de agonias.
Constância de amor à dor vivia.
Agarrada à aguçada simpatia.
Língua afiada de piada, sorria
versos e trovas lhe tinham cria.

Dos tempos de Curitiba, jamais se esquecia
das travessuras que eu menino lhe fazia.
E se da velha infância poeta me crescia,
devo a suas lições de poesia.
Rosa, no jardim do céu, reflorescia,
num futuro de pretérito a que me tardia.

-(Feliperas França)


Minhas homenagens a minha Tia Avó, que foi minha segunda mãe nos tempos que vivi em Curitiba. Eu pretendia visitá-la no próximo final de semana. Até comentei isso com meu primo Gabriel, sábado passado. Maldita conjugação terminada em “ia”. Fica a mensagem da cautela de não deixar futuro pra depois. Que se pela manhã é cedo, à tarde, pode ser, tardia.

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