terça-feira, 26 de agosto de 2008

O Fabuloso Destino das Palavras de Feliperas França

Perdi as contas de quantas vezes me disseram que minha vida daria um livro. Tá, sei que é pedante começar um blog assim, mas isso explica porque estamos aqui. Mas será que sempre me disseram só pra me agradar? Mas agradar com livro? Livro de brasileiro costuma ficar cheio de pó. A média de leitura anual dos brasileiros é de 4,7 livros. Já pensou se eu me tornar o 0,7 da estatística? Meu destino seria certamente uma estante solitária a aguardar a chegada das temidas traças. Provavelmente, ao lado de uma enciclopédia Barça ou daquela coleção sobre dinossauros que veio junto com a assinatura de jornal. (Oh, coitado!)

Bom, pode ser que algum intelectual retruque "mas a média de leitura dos franceses passa de 20 livros por ano". Ok, se fosse na França tudo bem, mas o fato de meu sobrenome ser França não tem nada a ver com os amigos da terra do perfume e de degustação de caramujos. Foi só um escrivão que sacaneou o sotaque italiano do meu avô Luís Franza. Talvez tenha sido um escrivão surdo ou que não tinha usado cotonete naquele dia de registro ou talvez tenha brochado na noite anterior. Sei lá. Não vamos misturar alhos com bugalhos.

De volta ao assunto, ao dizer que a vida de alguém daria um livro, pense duas vezes. Bom, diga que daria um filme. Afinal, com a crescente demanda do cinema nacional ganhar a estatueta do Oscar tem mais visibilidade do que ganhar o Prêmio Jabuti. Só não aconselho dizer que a vida de alguém é novela. Tem muita fofoca no ar. Enfim, nem livro, nem filme e muito menos novela. O destino me reservou um blog mesmo. Não me deixem aqui na estante! Só vou postar novamente depois que alguém comentar essa joça aqui.

Trecho do samba Novelas:

"Escute bem, minha vida não é novela não.
Cuide da vida das oito!
Os episódios do meu coração
ficam pras cenas da próxima canção"

- (Feliperas França)

Aí vai o trailer do genial “The Truman Show” (sim, é o BBB do Jim Carrey)

3 comentários:

Anônimo disse...

"Como é vão sentar-se e escrever se você não se levantou para viver!". Talvez sej abaseado nisso que tantas pessoas aconselharam você Fê, a escrever, escrever e escrever sempre.
Muitas pessoas são capazes de escrever de forma elegante, mas apenas àquelas que viveram muitas estórias, presenciaram muitos sentimentos, conviveram com muitas pessoas são capazes de dar vida às palavras, fazer o casamento delas e apartir desse casamento fazer nascer um estilo. Um estilo que pulsa, que contagia a cada frase que lemos. Esse é o seu caso Fê.
Fico feliz por escrever esse comentário, sabendo que ele será sua alforria para postar os inúmeros textos que vc tem guardado para si e que nós estamos ansiosos para "arranca-los" de você.
Beijos.

Anônimo disse...

Bem amigo, daqui pra frente seus textos não são mais seus, são nossos.....

Saudades

ReCivitas disse...

oi doutor!!
se voce escrrever um livro, o que acho ótimo, mande um exemplar aqu para a Biblioteca Livre!
te garanto que não ficará na estante e que fará parte dos 4 na estatistica!
bjs do elefante