quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Vôo em Verso

Loucura. Sim, loucura. Aquele poeta escrevia de tudo, mas jamais se atrevia descrever a palavra normal. Parâmetro que não lhe cabia. Loucura, dizia que tem cura no nome. Dela fazia codinome. Nada secreto, nada discreto. Nada. No saguão, já sabia. De lá, avistava sua poesia. Puxou assunto. Desenhou palavras dentre conversa e papel. Embarque. Outra fileira, outra poltrona. Muda de assento, você pra cá, você pra lá, contorce, retorce, mas dá um jeito. Dez horas de vôo. Desta vez, não seria um chá de cadeira. O tempo também passaria voando. Ao lado de sua poesia, alado em euforia. Poe-se a posto, pois sentia aquele fervor e não controlava. Fingia dormir, mas não dormia. Escondia o fervor, mas não escondia. Não queria dizer adeus, até breve, diria. Agora, lá vai ele para mais um vôo. Vôo em verso nas asas da imaginação. (Feliperas França)

Um comentário:

Unknown disse...

A vida é a arte do encontro.